E ai meus queridos leitores e ouvintes da Rádio J-Hero, como vocês devem ter percebido, estamos começando hoje uma nova coluna e ao contrário de Legends of Kurama onde falamos sobre várias lendas e histórias que cercam nossos animes a coluna Entre Animes e Mangás veio aqui para te dar o que você mais procura no seu dia-a-dia, Vamos fazer vários reviews dos animes da temporada, vamos falar sobre curiosidades, vamos nos “nostalgiar” relembrando dos animes que marcaram nossa infância (isso se você já foi uma pessoa mais vivida, que nasceu na década de 80 ou 90) e se você está descobrindo o maravilhoso mundo dos Animes e Mangás agora, tenho certeza que essa coluna lhe deixará mais apaixonado (e até revirará seus olhos) ao ler cada matéria que aqui será postada.

Mas como nada começa do nada (rsrsrs), você sabe qual foi o primeiro Mangá do mundo? Ou o primeiro mangá lançado aqui no Brasil?

Então nessa estreia de Entre Animes e Mangás, vamos descobrir a origem de uma das coisas que mais amamos Os Mangás.

A Origem de uma Paixão

Vamos lá, todos nós sabemos que a história do Japão não é nada as mil maravilhas, por motivos de guerras e mais guerras. Porque estou dizendo isso? Porque os primeiros mangás surgiram antes das Guerras Mundiais que cicatrizaram nossa história, mais especificamente no período Nara (Século VII d. C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas os famosos Emakimono, eles associavam pinturas e textos que juntos formavam uma história, e conforme você ia desenrolando o rolo ia lendo a história, o primeiro Emakimono que se tem registro é o Ingá Kyo, que é uma cópia de uma obra chinesa onde história e pintura estão claramente separadas.

E a titulo de curiosidade os Emakimono com estilo japonês surgiram no século XII e o mais antigo e que ainda está conservado é o Genji Monogatari Emaki. E o mais famoso é o Chojugiga.

Já no período Edo os rolos dão lugar aos livros e ai nosso mangás começam a tomar a forma que conhecemos (não tão parecidos, mas já estão na forma de livros).

Agora vamos dar um salto enorme na história, pois senão vai ficar muito cansativo a leitura. Estamos em 1814 onde surge o primeiro mangá da história já mais parecido com o formato que lemos, e o seu nome é Hakusai Mangá escrito por Hakusai, nele era retratado o cotidiano japonês de uma forma cômica e ele teve 15 volumes com histórias que os japoneses simplesmente adoraram e o inseriram em sua cultura.  Mas enganasse se você acha que a forma dos desenhos é a mesma que hoje, como retratava o cotidiano os traços eram o mais parecidos com a realidade, olhos grandes não existiam e nem cabelos pontudos, o que tinha era pequenos olhos puxados e cabelos lisos.

Daremos outro enorme salto agora, para bem depois da Segunda Guerra Mundial, exatamente em 1988 chega o primeiro mangá aqui nas terras Tupiniquins, intitulado Lobo Solitário, retratava a história de Itto Ogami um espadachim, e foi publicada pela Editora Cedibra. Mas não deu muito certo a adaptação, pois os mangás japoneses se lê da direita para esquerda e quando adaptaram para o Brasil inverteram e colocaram as imagens de uma forma errada.

Como podemos perceber é que depois da Segunda Guerra Mundial muitas coisas começaram a andar para frente, e vale ressalvar que os animes japoneses surgiram no período pós-guerra, influenciados por desenhos americanos como os da Disney.

Nossa mais de mil anos de história nossos queridos mangás tem, desde seus antepassados com os primeiros Emakimonos, o lançamento de Lobo Solitário no Brasil em 1988 e agora com o lançamento de vários mangás no nosso século XXI.

Agora vocês que leem essa coluna conseguem perceber o quão grande é a história por trás dos mangás que é a nossa paixão. Conseguem ver que por traz de sucessos como Naruto, Bleach, One Piece, Sword Art Online e tantos outros há uma história que está sendo consolidada à muitos e muitos anos.

Bom por hoje é só, espero do fundo do meu “Tum Tum” que vocês tenham gostado dessa matéria que deu um trabalhinho para ser escrita. Não se esqueçam de curtir e compartilhar para seus coleguinhas. E até a próxima, さらばだ (saraba da)!